Aproveitando o gancho do engajamento de hoje, 25 de Novembro - Dia da luta mundial contra a violência contra as mulheres, a hashtag #meuamigosecreto está comendo solta no meu feed, e a ação tem como objetivo divulgar comportamentos incoerentes, como um alerta, um 'fica a dica' para pessoas que acham que estão ajudando a causa, mas que no fundo no fundo estão é atrapalhando mesmo. Eu também decidi postar e, quando percebendo que a publicação estava ficando grande demais, eu resolvi trazer a conclusão pra cá, minha nova casa de ideias.

O post começou com:

#meuamigosecreto, na verdade seria #meusamigossecretos, dizem apoiar a causa feminista, mas quando ouve o amigo tecer qualquer cometário bem senso comum sobre "uma mina", do tipo "essa só é pra comer"; "não pego mina de cabelo curto"; "pego vadia e namoro santinha"; "tinha que ser mulher"; "tá vestida assim é que quer dá", ele ri.

#meuamigosecreto somos todos nós que estamos achando lindo o povo se engajando na luta, pensando que vai ter empoderamento feminino sim, mas ouve no ônibus (ontem mesmo) um MOLEQUE de 15 anos falar para o camarada: "Vai pra cima, mano. Essa daí qualquer um pega. Já peguei, é fácil". 

Lembrando que essa luta começou por aqui no Brasil lá nos anos 1930 (1934 o voto feminino fora reconhecido pelo governo de Getúlio Vargas), e só agora alcançou um pico alto na curva do "vamos colocar o assunto em pauta, de fato". Mas o exemplo que me aconteceu ontem nos mostra que em 85 anos de gritos para a quebra dos padrões sociais impostos forçadamente para o sexo feminino, não foi muita coisa que mudou não, está enraizado no pensamento social, isso a antropologia e a sociologia aplicada explica facilmente. 

Por favor, NÃO ABAIXEMOS A GUARDA, não vamos deixar que o tópico seja modismo. A persistência leva à adaptação cultural e a mudança do status quo social e, principalmente, das mentes pobres de educação e cultura, como do indivíduo supracitado, pois se não mudar por bem, uma hora ele se verá obrigado a desenvolver estratégias de adaptação ao novo contexto social...

CONTINUAÇÃO DO FACEBOOK

... Pois qualquer fenômeno cultural cai no obsoleto quando não é mais capaz de sobreviver no seu grupo, esse tipo de pessoa se conscientizará do perigo de não ser mais um elemento de seu meio e passará por um  novo critério orientado de novas crenças, costumes e valores, ele mudará quer queira, quer não. Façamos então que o machismo caia no desuso, tonando-se desatualizado e não mais "cool" e sucumbido pela inadaptação da nova era, na nova linha de pensamento. Por isso, NÃO DESCANSEMOS.

Aproveitando também para expressar uma outra opinião minha sobre o assunto. A luta do feminismo e qualquer outra luta atual evidenciando as causas das minorias, não devem ser pela igualdade social. Nãoooooo gente, pelo contrário! No nosso mundo globalizado, enriquecido pelas diferenças, pela miscigenação e pelo fluxo de rápido e contínuo de novas informações, deve-se destacar o indivíduo como ser único, pertencente a uma determinada contextualização social e, sobretudo, exposto às diversidades. Isso é confrontar o igual, pois uniformizar tudo não é característico de aceitação. O diferente deve ser admirado ou, ao menos, respeitado. Nossa igualdade dá-se somente na lei.